Como escolher um fotógrafo casamento? Qual o preço ideal de um bom?

Como escolher um fotógrafo casamento? Qual o preço de um bom fotógrafo?
Como escolher um fotógrafo casamento? Qual o preço de um bom fotógrafo?
Em primeiro lugar, espero que este pequeno artigo seja útil aos casais que andam à procura de um fotógrafo de casamento.
É difícil responder a este tema de uma forma simples e direta. Há diversos fatores a ter em consideração.
“Fotografar um casamento não acaba por ser só estar ali durante o dia a pressionar um botão umas poucas vezes com um máquina fotográfica como a que eu tenho quando vou de férias?”
Fico contente em afirmar que não poderia estar mais longe da verdade. A fotografia, assim como outros serviços relacionados com o casamento, está a evoluir de forma exponencial. É bom verificar que há trabalhos muito variados permitindo que os casais possam optar pelo fotógrafo que apresenta o estilo que mais se aproxima ao que procuram. Claro que há profissionais e “profissionais” e o preço muitas vezes é um factor de diferenciação.
No entanto, a falta de profissionalismo é que nunca pode ter lugar neste meio, nem que abordem o dia como ir ali carregar algumas vezes num botão e levem 300€. Atenção, não vejo qualquer problema em colegas cobrarem 300€ para fazerem a reportagem de um casamento. Admitindo que possa resultar numa reportagem mais modesta do dia. Agora que o façam e depois falhem com as reservas das datas, façam a reportagem do casamento e não tenham material de reserva, caso ocorra algum imprevisto no momento, abdiquem de um sistema de backups das fotografias, não cumpram os prazos estabelecidos, ou simplesmente mandem outra pessoa fazer o trabalho porque surgiu outro “mais interessante”. Acho isso inaceitável.
“Não entendo como o fotógrafo cobra este valor exorbitante quando há tantos a fotografar por 500€ ou até menos!”
Como disse acima, a fotografia de casamento de hoje tem diversas formas de se apresentar. Existem muitos colegas fotógrafos e muitos deles com uma visão e apresentação fotográfica do dia muito distintas. Registos mais tradicionais, vintage, chique, posados, glamourosos, documentais, story telling…
Além disso, por detrás destes estilos existe sempre a pessoa, o fotógrafo, a sua forma de ser, o seu trato social, o acompanhamento com os noivos até ao dia D. A forma de se apresentar e estar no dia do casamento, de apoiar os noivos durante aquele dia..
Até no final, aquando da entrega das fotografias as coisas podem variar muito.
Em suma, todos estes fatores, e outros mais, acabam por definir um valor ao trabalho de cada fotógrafo.
Falando de mim e da minha abordagem, posso dizer que sou um fotógrafo que gosta de conhecer os casais, falar um bocadinho com eles, sobre eles e sobre o dia que esperam ter.
Gosto da proximidade social e de saber um pouco como são como casal. A relação e interação humana daqueles duas pessoas. Isto ajuda-me bastante na minha abordagem ao dia do casamento.
Com o passar do tempo, noto que me sinto bem a contar o dia de casamento como ele foi, com pouca interferência de minha parte, para que possa extrair ao máximo a relação e interação das pessoas que estão naquela festa, não só noivos mas também os convidados. Em suma, tentar refletir o mais fielmente possível o dia como ele aconteceu, de forma natural e espontânea, com ou sem peripécias, com ou sem momentos insólitos. Tem de espelhar as pessoas e o dia como efetivamente se passou.
Este estilo acaba por ser de fotografia de autor. Logo o meu olhar e forma de estar são intransmissíveis. Dificilmente alguém o fará como eu, daí que nunca equaciono fazer equipas para aceitar mais que um trabalho para o mesmo dia. No entanto, não tenho nada contra quem o faz, simplesmente na minha forma de abordagem, acompanhamento e resultado final, não faz sentido.
“Então o importante é olhar para as fotografias que vemos nas redes sociais e, se gostarmos e não fugir do orçamento, contratamos.”
“Nim”. Em primeiro lugar, aconselho que vejam mais do que algumas fotografias nas redes sociais. Pensem nisto como se de uma loja de roupa se tratasse. A montra tem peças muito interessantes mas o interior pode não ter muito mais a mostrar, ou vice versa. Peçam para ver uma reportagem completa de um casamento ou então vejam se o fotógrafo tem um blog com uma reportagem de casamento publicada. Assim podem conhecer melhor toda a abordagem do dia do casamento e não 2 ou 3 fotografias “txarã”.
Voltando a falar de mim, gosto de afirmar que os noivos não me contratam apenas para tirar umas fotografias. Contratam um fotógrafo, que é uma pessoa que gosta, primeiramente, de conhecer o casal, de ouvir e perceber o que pretendem e tentar ajudar. Antes do dia, durante o dia e após o dia. É normal os casais terem muitas dúvidas e incertezas e eu tenho todo o gosto em ajudar. Não tenho qualquer problema em dar umas dicas e sugestões no que precisam, sugerir colegas de outros serviços importantes para o dia…
Durante o dia, tento acompanhar o casal e ajudar para que se torne uma experiência única. Procuro estar sempre em sintonia com os outros serviços, estudando as melhores horas e a melhor luz para algumas coisas que os noivos equacionam fazer. Até ajudar a quebrar alguns constrangimentos e dissabores que eventualmente surgem.
Por isto e muito mais acho importante haver uma química ou empatia, como quiserem chamar, com o casal que vou fotografar.
Sentir que os noivos nos tratam e se expõem perante nós como se fossemos amigos, é óptimo e é algo que me acontece muitas vezes.
É muito importante que o casal se dê bem com o fotógrafo. E posso dizer, sem qualquer dúvida, que o resultado final só tem a ganhar quando assim é!
Uma curiosidade: Já repararam que o fotógrafo é o profissional que mais horas vos vai acompanhar no dia de casamento?
Mas vamos a números, será que um fotógrafo cobrar, por exemplo, 3000€ não é uma afronta?
Tudo o que mencionei acima, é natural que faça oscilar os valores praticados pelos fotógrafos. Aliado a tudo isto, ainda há uma coisa chamada lei da oferta e da procura. Falando apenas de Portugal, a esmagadora maioria dos casamento ocorre entre Maio e Outubro. Sendo mais específico, nos fins de semana entre esse período. Logo falamos em média de 24 fins de semana.
Dá para concluir que um bom profissional num instante fica com a agenda para o ano preenchida. Se for um estilo fotográfico em que poucos colegas o façam, ainda mais escassas são as possibilidades, claro, havendo casais que o procurem. Isso também faz, eventualmente, o preço subir.
É óbvio que o valor a cobrar é importante para o orçamento global do casamento! Se o fotógrafo que adoram cobra um valor que não conseguem comportar, então, muito provavelmente terão que equacionar um com um valor mais baixo. No entanto deixo uma pergunta que penso que devem fazer a vocês mesmos: A diferença de preço entre o fotógrafo que adoro e que queria que fotografasse o casamento e o que gosto terá assim um peso tão substâncial no orçamento total do casamento? Corresponde a quê, 1% ou 0,5% do valor?
No final, o que fica são as fotografias! Isso é que será o património visual que tanto irão valorizar vocês e, muito provavelmente, as gerações seguintes. O que eu gostava de ter um album para ver como os meus avós viveram aquele dia!
Conclusão
A minha recomendação é simples. Comecem por pesquisar nas redes sociais, fotografias de casamentos. Seja pelos perfis de fotógrafos, grupos ou por trends através de #hashtags no instagram. Vejam o estilo que gostam e posteriormente procurem os profissionais que apresentam formas de trabalhar idênticas ao que pesquisaram.
Contactem-nos e vejam se se identificam com a pessoa por detrás das fotografias. Com base em tudo isso, vejam o que melhor se pode encaixar à vossa situação. Ah! E como disse anteriormente, peçam para verem uma reportagem completa ou um blog de uma reportagem que vos possa dar a perceção global do dia. Não quero com isto dizer que é garantido que escolham o melhor fotógrafo para a vocês mas com toda a certeza andarão bem perto.